Ah, os anos 80 no Brasil! Um período em que o mercado automotivo era bem peculiar. A importação de carros? Quase um sonho! O governo havia colocado uma barreira e as opções eram só os modelos produzidos aqui por algumas montadoras como Chevrolet, Chrysler, Fiat, Ford e a querida Volkswagen. Mas olha só, em meio a essa limitação, surgiram pequenas e médias fábricas que estavam fazendo mágica, criando modelos exclusivos com carrocerias de fibra de vidro montadas em chassis mecânicos nacionais, principalmente da Volkswagen. E, não parou por aí! Algumas concessionárias começaram a customizar os carros para deixar tudo mais exclusivo. É assim que a Dipave Chevrolet, lá de Curitiba, deu vida ao Opala Summer, um conversível que gerou alguns debates!
Um projeto independente
Agora, a General Motors nunca pensou em fazer um conversível do Opala de forma convencional, mas a Dipave Chevrolet viu uma brecha e decidiu se jogar! Pegou inspiração de uma tendência internacional em que fabricantes independentes transformavam carros normais em conversíveis e fez uma proposta irresistível: exclusividade e sofisticação no pacote.
Na Alemanha, onde tudo começou com o Opel Rekord, a versão cabriolet era feita pela Karmann, que manjava dos paranauês de construir conversíveis, como o famoso Karmann Ghia. No Brasil, a ideia do Opala Summer era parecida, mas com o toque artesanal e um acabamento primoroso.
Custos elevados e exclusividade
Os Opala Summer eram, sem dúvida, carros de luxo. O processo de transformação exigia reforços estruturais, adaptação da carroceria e a instalação de uma capota de lona de qualidade top. Resultado? O preço final do Opala Summer chegava a ser cerca de 50% mais caro do que os modelos normais. Para se ter uma ideia, o Opala “tradicional” custava por volta de Cr$ 2 milhões – equivalente a uns R$ 250 mil hoje em dia – enquanto o Summer saltava para Cr$ 3 milhões (ou cerca de R$ 375 mil).
Com essa exclusividade toda, o Opala Summer ganhava fãs entre os abastados que buscavam um carro que realmente se destacasse em um mercado tão limitado. Mas olha, o alto preço e a falta de apoio da Chevrolet tornavam essa aquisição algo reservado para poucos sortudos.
Raridade e valor no mercado atual
Por ser produzido em baixas quantidades, o Opala Summer se tornou uma verdadeira joia e é muito procurado por colecionadores de clássicos. Hoje em dia, um exemplar bem cuidado pode ultrapassar os R$ 500 mil em leilões ou nas transações entre particulares. Essa raridade reflete também o cuidado necessário para manter o modelo, já que exigia manutenção especializada para preservar a estrutura e a capota.
Um legado polêmico
