Se você é um fanático por carros clássicos e ama a inovação da indústria automotiva brasileira, o Corona Dardo definitivamente deve ser o seu novo crush! Esse esportivo targa é uma verdadeira relíquia dos anos 70 e 80 e é feito aqui mesmo no Brasil, baseado no famoso Fiat X 1/9 da Itália. Apresentado no Salão do Automóvel de 1978, o Dardo chegou com um design de tirar o fôlego, motor central e três versões diferentes que marcaram muito seus tempos de ouro com um estilo único e super esportivo.
Neste texto, vamos fazer uma viagem pelo universo desse carro fabuloso, explorando suas curiosidades, a história e o impacto que ele deixou (e ainda deixa) na galera apaixonada por carros, mesmo em 2025!
Como Tudo Começou: a Origem do Corona Dardo
O projeto nasceu na cabeça da Corona S.A., que, na verdade, era uma fabricante de carrocerias para caminhões do Grupo Caloi (sim, aquele famoso das bikes!). Eles decidiram inovar e, pegando carona na inspiração italiana, apresentaram o Corona Dardo como uma réplica autorizada do Fiat X 1/9 durante o Salão do Automóvel de São Paulo em 1978.
Criando o Dardo: Projetando com Toni Bianco
A mente criativa por trás do projeto foi o talentoso Toni Bianco, que compartilhou em um evento como tudo começou: “O Bruno Caloi me levou ao Salão de Turim e disse para escolher qualquer carro esportivo que eu quisesse. Eu apontei para o Fiat X 1/9 e declarei: ‘é esse que eu quero fazer’. Voltando para o Brasil, conseguimos um X 1/9 amassado e o transformamos no molde do Dardo!”
Toni também criou um chassi tubular em três partes, super leve e resistente, que se unia ao corpo em fibra de vidro. Resultando em um Dardo na medida certa para um esportivo.
As Qualidades do Corona Dardo F 1.3
A primeira versão que deu início à saga foi o Dardo F 1.3, referência ao motor 1300cc do Fiat 147 Rallye, que entregava humildes 72 cavalos de potência. Tinha o motor posicionado de forma transversal e central, com tração traseira, e seus diferenciais eram:
- Câmbio de 4 marchas;
- Freios a disco nas quatro rodas;
- Suspensão independente McPherson, que garantiu a estabilidade;
- Peso total abaixo de 900 kg.
Apesar das especificações, o Dardo não impressionou em desempenho. A revista Quatro Rodas fez alguns testes e registrou que o carro ia de 0 a 100 km/h em 18,8 segundos, com uma velocidade máxima de 148 km/h. “Faltavam uns 30 cavalinhos extras”, ressaltou a publicação.
O design, por outro lado, era a estrela do show. O Dardo tinha linhas super modernas, faróis escamoteáveis e teto removível. A aerodinâmica era nota 10 para a época e o modelo contava com dois porta-malas – um na frente e outro atrás – somando até 310 litros de capacidade.
Nova Era: O Dardo F 1.5
Em 1981, o Corona Dardo ganhou um upgrade monumental. A versão F 1.5 trazia um motor de 1500cc, subindo a potência para 96 cavalos. Isso foi resultado de uma parceria com a Silpo Equipamentos Esportivos, e o desempenho pulou para um novo patamar, permitindo que o Dardo rivalizasse com outros esportivos da época.
As outras atualizações incluiram:
- Parachoques com design novo;
- Faróis fixos apontando para cima (estilo Porsche 928);
- Painel de instrumentos redondo, inicialmente do VW Passat e depois do Fiat Oggi.
A produção do Dardo pela Corona foi encerrada em 1983, totalizando cerca de 300 unidades fabricadas. Mas a história do Dardo estava longe de terminar.
O Renascimento: Grifo Dardo
Após o fechamento da Corona, os moldes e os direitos de fabricação foram adquiridos por Rosario Di Priolo, um empresário italiano vivendo em Cotia-SP. Sob sua direção, o modelo ganhou um novo nome: Grifo Dardo. Algumas unidades foram até exportadas, mas a empreitada não vinguou e a produção foi encerrada em 1985.
Curiosamente, algumas carrocerias prontas foram vendidas ao longo do tempo, com relatos de unidades finalizadas até 2004. Isso apenas reforça o caráter único e quase artesanal do Dardo.
O Legado do Corona Dardo em 2025
Atualmente, o Corona Dardo é um verdadeiro tesouro oculto e um sonho de consumo para colecionadores. Em leilões e sites especializados, um exemplar bem conservado pode atingir preços acima de R$ 200 mil, dependendo do estado de conservação e da originalidade.
A atração por esse carro demonstra a crescente valorização dos clássicos fora de série brasileiros. O Dardo simboliza uma época em que a criatividade e a inovação da indústria nacional superaram barreiras e ofereceram opções únicas para os consumidores.
Se você tem a sorte de cruzar com um Corona Dardo em boas condições, saiba que está diante de um pedaço da história automotiva nacional. Mais do que um carro, ele é um verdadeiro manifesto de inventividade de uma geração!
E aí, tá a fim de descobrir se um Dardo pode ser a estrela da sua coleção?